domingo, 22 de janeiro de 2012

Reintegração Covarde - Uma pessoa é baleada durante reintegração de posse no Pinheirinho

Segundo a prefeitura, a vítima passou por cirurgia e estava estável por volta das 11h20




Uma pessoa foi baleada durante um confronto na reintegração de posse que acontece na comunidade do Pinheirinho, em São José dos Campos, no interior de São Paulo, desde as 6h deste domingo (22). De acordo com a prefeitura da cidade, ele passou por uma cirurgia no hospital municipal e estava estável por volta das 11h20.


A prefeitura não confirmou se o ferido é um morador da comunidade, mas afirmou que o confronto aconteceu no Centro Poliesportivo Campo dos Alemães, que fica na frente do terreno em que é feita a reintegração de posse. Segundo o órgão, o tiro foi disparado durante um confronto com a Polícia Militar. A corporação nega e diz que o confronto foi com a Guarda Civil.
Um carro da TV vanguarda foi incendiado durante protesto de moradores. Mais cedo, por volta das 8h20, manifestantes atearam fogo em alguns pontos para dificultar a passagem dos policiais, que utilizaram munições não letais para contê-los. De acordo com a PM, cerca de 1.800 policiais participam da ação, entre membros da Tropa de Choque, do grupamento aéreo e do Corpo de Bombeiros. Até às 9h, duas pessoas haviam sido detidas.
A área, que pertence à empresa Selecta, do grupo Naji Nahas, foi ocupada irregularmente em 2004 por uma comunidade ligada ao MTST (Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Sem-Teto). Pelo menos 1.600 famílias, totalizando mais de 5.500 pessoas, vivem no local. 
A Justiça Federal chegou a suspender temporariamente a operação de reintegração de posse na ocupação, na madrugada desta terça-feira (17). Cerca de 1.800 policiais militares, incluindo homens da Cavalaria e do Canil, chegaram a cercar o terreno de 1 milhão e 300 mil metros quadrados, mas não entraram.

Incêndio e protestos
Um grupo de moradores de Pinheirinho fez uma manifestação na manhã de sexta-feira (13) contra a reintegração de posse do terreno. Na mesma manhã, representantes do acampamento se reuniram com membros da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e com lideranças sindicais para tentar definir o futuro dos moradores da área.
De acordo com o PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado), representantes de 18 sindicatos, além de movimentos sociais, partidos políticos e entidades estudantis participaram de um ato em solidariedade ao Pinheirinho também na sexta-feira, em frente à ocupação. Cerca de 500 moradores estiveram na manifestação.

A ordem de reintegração de posse foi assinada pela juíza Márcia Loureiro, da 6ª. Vara Cível de São José dos Campos, em meio a negociações de acordo já iniciadas pelos governos federal, estadual e municipal.

O maior impasse entre as esferas do governo está nas mãos da prefeitura de São José dos Campos, que se recusa a inscrever a ocupação no Programa Cidade Legal, o primeiro passo para a regularização da área.



R7

sábado, 21 de janeiro de 2012

Cerca de 60 mil norte-americanos foram esterilizados por serem ''indesejáveis''


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Cubadebate - [Tradução do Diário Liberdade] Para fazer cumprir um projeto de "limpeza genética" que pretendia "melhorar" a raça humana, cerca de 60 mil afrodescendentes, pobres e pessoas abandonadas que residiam nos Estados Unidos, foram esterilizadas de forçosamente a fim de impedir que deixassem descendência.

Depois de 80 anos, o governo norte-americano lhes paga 50 mil dólares pelos "danos causados".
Uma reportagem publicada esta terça-feira pelo jornal americano Daily Mail, revelou um plano levado a cabo em 1930, cujo objetivo era a esterilização de pessoas que supostamente possuíam "genética indesejável" para os EUA, reportou a Telesul.

O jornal afirma que neste grupo de pessoas, estavam adolescentes de famílias numerosas e com poucos recursos, crianças com coeficiente intelectual baixo ou pessoas com problemas mentais e emocionais; que, segundo as autoridades, pioravam a espécie humana.

Com esta premissa, cerca de 60 mil pessoas em 30 estados, se viram obrigadas a realizar uma vasectomia ou uma ligadura de trompas, ou seja, uma esterilização que as impedisse de deixar descendência.
Segundo relata o Daily Mail, o plano foi esquecido e enterrado depois da Segunda Guerra Mundial, já que, para essa época, foi altamente criticado por se assemelhar demasiadamente com a "pureza racial" que buscavam os nazistas.
Argumentaram redução de custos em saúde.

O jornal norte-americano indicou que para os autores do plano, não se tratava de algo maquiavélico, mas bastante benigno, pois segundo sua hipótese, ao final de várias gerações aplicando o método, a genética sobrevivente "permitiria" ao país reduzir custos em hospitais, diminuir a pobreza e faria dos americanos uma raça "superior".
Depois de mais de oito décadas de desenvolver a estratégia, as autoridades disseram contemplar o plano "com uma perspectiva totalmente distints em torno da eugenia (metodologia) aplicada", tanto que se questiona inclusive o trabalho de compensar as vítimas com dinheiro.

Nesse sentido, Charmaine Fuller Cooper, diretora executiva da Fundação pelas Vítimas da Esterilização da Carolina do Norte, assegura que não se pode medir em dinheiro, a vida de um bebê que não nasceu ou a depressão de uma mulher que jamais possa ter filhos.

Quanto a esta postura, se decidiu que cada afetado por este projeto, receberá em torno de 50 mil dólares em forma de compensação, com as autoridades enfatizando que não estão assignando preço à vida de ninguém, mas como um ressarcimento ao dano psicológico gerado nas vítimas.

Contagiaram outros com enfermidades, Além desta esterilização forçosa, o Governo norte-americano também empreendeu experimentos similares qualificados como desumanos, que incluíam contágio inadequado e desnecessário de enfermidades, a fim de encontrar diferentes reações a tratamentos.

Entre esses polêmicos estudos, inclui-se um experimento local no qual se infectou a quase uma centena de crianças de orfanatos com malária, para "investigar" a cura da infecção.
Semelhantemente, se conta outro programa no qual se permitiu a propagação de enfermidades venéreas em mais de 500 guatemaltecos, sem informação (nem às pessoas infectadas, nem ao Governo), tão somente para comprovar o uso da penicilina.

(Com informação de AVN)
Tradução de Cássia Valéria Marques para o Diário Liberdade.



quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Remoção Forçada na Favela do Moinho


Ontem, moradores da Favela do Moinho, localizada na Barra Funda, divulgaram uma carta aberta, em que contam uma história que nós, e tantas pessoas que vivem nas periferias, conhecemos muito bem.

Há anos os moradores do Moinho resistem ao despejo e às intimidações, e como já virou costume nessas situações (por exemplo, lembremos aqui o caso da favela Diogo Pires, no Jaguaré, ou aqui e aqui o caso da Favela do Real Parque, no Morumbi), um incêndio dificulta ainda mais a situação das famílias, e serve de desculpa para removê-las e impedir a reocupação da área. Nesse caso não sabemos detalhes, mas em vários outros os incêndios ocorrem na mesma época em que são contratadas grandes empreiteiras para realizar obras nessas áreas (obras que exigem a remoção dos moradores); além disso, vários desses incêndios são flagrantemente criminosos, há uma grande demora na chegada dos bombeiros, e não há qualquer investigação sobre suas verdadeiras causas. Portanto, um jeito muito eficiente para destruircomunidades pobres, que são verdadeiras “pedras no caminho” do capital imobiliário, e de seus comparsas e lacaios que povoam a burocracia estatal.
No caso do Moinho, uma vez mais a alternativa apresentada pela Prefeitura é o bolsa-aluguel de 300 reais, mas, na carta, os moradores do Moinho deixam claro que não vão engolir isso como se fosse a “solução” para suas demandas por moradia. 
Rede Extremo Sul...